Minha perplexidade com a assembléia da SEDUFSM, na
última terça-feira, não quer calar. Ainda não digeri o processo de votação e de
soma de votos de duas assembléias distintas, como ocorreu naquele dia. Uma
assembléia acontecia em
Santa Maria , na UFSM, outra em Frederico Westphalen ,
no CESNORS. As assembléias não tinham comunicação. Os que estavam em Santa Maria não sabiam
o que os colegas debatiam em
Frederico. Os de Frederico, igualmente ignoravam o desenrolar
dos fatos em Santa Maria. Ao
final, no entanto, o presidente da assembléia de Santa Maria somou os votos de
lá com os daqui. Como?
Eram assembléias distintas. Votações de propostas que
não se igualavam. Os que capitaneavam propostas em Santa Maria não
estavam em Frederico, não tinham contato com Frederico. Ou tinham
representantes e a grande maioria dos presentes ignorava?
Volto a insistir: eram duas assembléias distintas,
dois processos de votação que podem ter semelhança, mas não eram absolutamente os
mesmos.
Eu estava na assembléia de Santa Maria, sentado num
banco do Auditório da Química, e acompanhava o que se passava na minha frente.
Ouvi as análises do projeto de lei a respeito da reestruturação da carreira e,
especialmente, a apresentação de propostas para a continuidade ou não do movimento
paredista.
Apresentaram-se várias propostas de continuação da
greve e elas foram se reconfigurando numa só, ganhando o formato final de
“manutenção do movimento paredista, com indicativo de saída no próximo dia 17” .
Contrapondo-se a ela, apresentou-se uma outra,
almejando o fim imediato da paralisação. Uma proposta que também foi ganhando
nova formatação ao longo do debate e agregando a idéia de manter as reivindicações da categoria,
sem greve, por meio de uma comissão encabeçada pelo sindicato.
Veio a votação, a contagem, a proclamação dos
resultados e, então, a surpresa geral. Após informar o número dos votantes da
primeira proposta, a da manutenção da greve (129 votos), o presidente informou
que a ela se somavam os votos da assembléia de Frederico Westphalen (36 votos),
num total de 165. O tumulto foi geral, a surpresa e o espanto tomaram conta de
grande número dos presentes – não apenas dos que votaram pelo fim da greve. Ao
meu lado, colegas que queriam a continuação do movimento grevista exclamavam:
“Mas desse jeito não!”
O presidente explicou – no meio do tumulto – que essas
eram as novas regras do sindicato: a assembléia descentralizada, o modo de
dar voz aos colegas de Frederico. E informou que eram 144 os votos contrários
à continuação da greve, com acréscimo de mais 3 votos vindos do CESNORS. 147 no
total.
Minha perplexidade não cala. A direção do sindicato me
afiançou que meu estranhamento não procede, pois não estou a par do novo
funcionamento das assembléias do meu sindicato...
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