segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Filmes que marcaram (2)


Dou continuidade à lista e comentários dos dez filmes que me marcaram. E acrescento: não são necessariamente as produções mais geniais do cinema, mas os filmes que me emocionaram, me empolgaram e, por uma razão ou outra, não esqueci. Às vezes foi devido à temática (um tema histórico, por exemplo), à eficácia da narrativa, ao desempenho dos atores, ao erotismo e assim por diante. Ou tudo isso junto.

Curiosamente, os cinco primeiros filmes listados (na crônica anterior) foram assistidos quando eu era criança e morava em Pelotas. Em 1967, com 11 anos de idade, minha família veio para Porto Alegre e foi nos cinemas dessa cidade que assisti os filmes abaixo. Filmes da minha adolescência e juventude. Todos eles inesquecíveis.



6. “Les femmes”. Direção de Jean Aurel. Com Brigitte Bardot. França/Itália, 1969. 86 min.
 Filme erótico. Não lembro a trama. Brigitte Bardot corre nua pelo campo. Brigitte Bardot rola na cama com o seu amante, os dois insinuando relações sexuais – nada muito explícito, mas o suficiente para excitar as plateias dos anos 60. (Escrevo baseado apenas na memória, nunca mais revi o filme.) A câmera percorre lentamente o corpo da atriz deitada de bruços (fotografia acima) e o amante a acaricia e beija com vagar e delicadeza. Eu tinha 14 ou 15 anos e cursava o ginásio numa escola católica. O professor de Língua Portuguesa fazia discursos furibundos na sala de aula, criticando os filmes “com cenas de nudez e carícias lascivas” e “Les femmes” parecia ser uma dessas fitas que ele atacava. Justamente o filme que o Cine Colombo, a quatro quadras do colégio, estava exibindo e que todos nós, alunos, tínhamos visto os cartazes. Um amigo conhecia porteiro do cinema e nos garantiu que conseguiríamos entrar desde que pagássemos uma gorjeta ou algo assim. Entramos no cinema. Corremos para o mezanino e lá ficamos “escondidos”, extasiados. Não, não lembro de algum de nós utilizando uma das mãos para dar continuidade à empolgação. Tudo no maior respeito. Isso fazia parte do acordo com o porteiro.

7. "Toda nudez será castigada". Direção de Arnaldo Jabor. Com Darlene Glória, Paulo Porto e Paulo César Pereio. Brasil, 1973.

Esse filme foi minha porta de entrada na obra literária de Nelson Rodrigues – que eu conhecia apenas das crônicas (Confissões) que o jornal “Folha da Tarde” publicava. Fiquei fascinado com o retrato debochado, trágico-cômico, da tradicional família brasileira apresentada no filme. Uma família regida por padrões de moralidade sexual extremamente rígidos e com forte marca católica. Muita repressão sexual e muita culpa. De certa forma, uma abordagem dos dramas humanos semelhante ao do romance “O casamento", no qual um padre afirma: "Só não estamos de quatro, urrando no bosque, porque o sentimento de culpa nos salva". A mesma exacerbação das paixões e da culpa. No filme, um viúvo transtornado pelo recente falecimento da esposa, promete ao filho nunca mais conhecer outra mulher. Depois, induzido pelo irmão malandro e aproveitador (interpretado por Pereio), conhece a prostituta Geni (interpretada maravilhosamente por Darlene Glória) e gama (fotografia acima). Ele se casa com a prostituta, traz a mulher para morar com a sua família e ela se envolve com o filho do viúvo. Geni desperta as paixões de pai e filho, vira ao avesso a família, desmonta os seus valores e ela própria também se desestrutura. Os principais personagens se afundam na culpa (Geni se suicida) e nada se salva – mas a plateia do cinema se diverte. Visto hoje, uma interpretação demasiadamente cômica da tragicomédia rodriguiana. Um filme datado – não consegui rever até o final. Mas sem dúvida impactante naquele início dos anos 70: uma leitura ousada da sociedade brasileira do período, que, apesar da modernidade capitalista promovida à força pelo Regime Militar, ainda estava mergulhada em valores arcaicos (do tempo da República Velha e muito mais).


8. “O amuleto de Ogum”. Direção de Nelson Pereira dos Santos. Brasil, 1974. 112 min.

Um violeiro cego (interpretado por Jards Macalé – foto acima - também autor da trilha sonora) canta a história de um retirante nordestino que vêm para o município de Caxias (no estado do Rio de Janeiro) e se transforma num pistoleiro de bicheiro (este último, interpretado por Jofre Soares). Detalhe importante: quando criança, o futuro pistoleiro viu o pai ser assassinado e foi levado pela mãe a um terreiro de Umbanda para ter o corpo fechado. A narrativa reúne a tradicional violência rural nordestina com a nova violência das vertiginosas metrópoles do Sul Maravilha. Vinculação entre os dois espaços sociais (o rural tradicional e o urbano moderno) por meio de um personagem com atributos sobrenaturais. A cena da ressurreição do pistoleiro – o rapaz salta do fundo das águas com armas em punho – é inesquecível. Um enfoque surpreendente do universo religioso e social das classes populares. A religiosidade de matriz africana e as condições de vida das classes populares na periferia da megalópole carioca. Para o estudante de História que eu era na época, uma narrativa cinematográfica que inovava as abordagens da realidade brasileira, na medida em que era mais dinâmica e mais vinculada ao ponto de vista popular – diferente das narrativas de outros filmes do Cinema Novo (que eu andava assistindo nas sessões de cineclube). Me parece que o filme é um ponto de virada na abordagem do universo popular. Mas nunca mais revi o filme. Escrevo com a lembrança do grande prazer que o filme me proporcionou. “E quem não gostou dessa história vá pra puta que pariu”, canta o violeiro cego na última cena do filme.

9. “Último tango em Paris”. Direção de Bernardo Bertolucci. Com Marlon Brando, Maria Schneider e Jean-Pierre Léaud. Música de Gato Barbiere. Itália/França, 1972. 129 min.
O filme foi um sucesso na Europa e censurado no Brasil. Enquanto não chegava às telas brasileiras, li o romance que deu origem ao filme e não gostei. Quando a película foi liberada e entrou na programação do Cine Cacique (ou será que foi no Scala?), fui dos primeiros a assistir (em dezembro de 79, provavelmente). O desempenho dos atores, a trilha sonora jazzística, a fotografia, a trama, os diálogos, tudo funciona muito bem. A princípio parece apenas uma aventura erótica entre um homem maduro (Paul) e uma mulher jovem (Jeanne) – homem e mulher que recusam revelar suas identidades e apenas viver seus impulsos sexuais –, mas logo a trama entre o casal se revela muito mais complexa, de uma densidade impressionante. O ponto de virada talvez seja o monólogo de Paul (Marlon Brando) diante do corpo da sua esposa, que havia se suicidado. Fica explicado o desespero e a desesperança do personagem. Enquanto Paul quer distância da lembrança da esposa morta, Jeanne (Maria Schneider) parece quer algo mais vital que a sua relação com um noivo enlouquecido por cinema (Jean-Pierre Léaud). Jeanne e Paul se relacionam como se apenas o sexo bastasse. Quando Paul tenta mudar o padrão da relação e revelar a sua identidade, Jeanne recua. No final, a cena do assassinato de Paul é um tango argentino desesperador, trágica e debochada. Paul entra no apartamento de Jeanne, a moça pega o revólver do pai, dispara e o amante morre na sacada, diante da paisagem parisiense. Antes de cair no chão, Paul sorri, tira o chiclete da boca e o gruda no parapeito da sacada. Enquanto isso, a moça murmura o que dirá para a polícia: que ela não conhecia aquele homem, que ele a perseguiu pela rua, invadiu sua casa e tentou violenta-la. A mocinha vence o homem madurão, cínico e debochado – e talvez vá casar com seu noivinho alucinado por cinema. Assisti várias vezes esse filme e sempre me surpreendi. Uma obra-prima.

10. “Sonata de outono”. Direção de Ingmar Bergman. Com Ingrid Bergman e Liv Ullmann. Suécia, 1978. 99 min.
         No meio da enxurrada de filmes de temática histórica, social e política que assisti nos anos 70, a cinematografia de Bergman era um aviso de que havia muito mais a investigar e entender que “o mundo determinado pelas condições materiais da existência”. Mais do que a realidade sócio-política, havia a complexidade da “alma humana”, sua psicologia e também sua inquietação com o sobrenatural. O primeiro filme que assisti desse cineasta foi “A hora do amor” (1971), considerado menor na sua produção, mas com uma cena que me marcou: um arqueólogo descobre uma estátua de Nossa Senhora esculpida em madeira e identifica nela uma colônia de insetos que a estão devorando. Em determinado momento ele a ilumina com uma lanterna e diz para a mulher a seu lado (com quem está tendo um caso) que aquela representação do sagrado, como tudo, está com data marcada. As palavras não são essas, claro, mas creio que o sentido é esse. O adolescente que eu era ficou impactado: o mundo do sagrado também era devorado pelo tempo, o implacável tempo. “Sonata de outono”, por sua vez, é um dos títulos mais elogiados de Bergman. Relembrei tudo outro dia revendo o filme no Telecine. Liguei a TV e peguei justamente na cena da fotografia acima: uma filha (Liv Ullmann) dialoga com a mãe, célebre pianista (Ingrid Bergman). As duas estão diante de um piano. A filha toca uma peça de Chopin para a mãe constatar o seu progresso e a mãe não é nada condescendente. Até tenta ser compreensiva com a filha, mas logo assume seu papel de exímia pianista e pouco a pouco corrige a filha e a ensina a interpretar corretamente aquela peça musical. Nem naquela hora, na intimidade de uma conversa com a filha, Charlotte (esse é o nome da exímia pianista) consegue ser uma mãe amorosa. Os olhos de Helena, a filha, vão se transformando (na medida em que a mãe fala e corrige), os olhos vão deixando aflorar as mágoas que a filha traz desde criança. “Eu te amava, mamãe, era uma questão de vida ou morte (...). Quando eu era criança, eu a sentia no meu corpo todo. Mas eu sentia que você não falava com o coração”. A mãe continua não falando com o coração. O filme é isso: uma tentativa de acerto de contas entre uma filha madura e sua mãe. Elas se dizem praticamente tudo que é possível dizer (muito mais do que a maioria das filhas e mães conseguem se dizer, imagino) e as coisas não se resolvem. Se a trilogia “O tempo e o vento”, de Érico Veríssimo, me ensinou a respeito do lugar do Pai na vida de um filho (por meio da relação entre Floriano e seu pai, o doutor Rodrigo Cambará), acho que esse filme me ensinou a respeito do lugar da Mãe. Especialmente quando a mãe não desempenha o papel amoroso que os filhos desejam. Tudo nesse filme é primoroso – as atrizes, então, excepcionais. Revendo o filme na TV, tive a certeza de que o cinema ocupa uma posição especial na minha vida. Diversão, aprendizagem, reflexão, prazer.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Filmes que marcaram (1)


Um amigo me propôs uma brincadeira: postar durante dez dias, no Facebook, uma imagem de cada um dos dez filmes que mais me impactaram. Topei. A regra do jogo era não fazer comentários. Apenas postar imagens. Segui o roteiro proposto, mas retomo aqui a lista com um pequeno comentário a respeito de cada um dos títulos.
Fiz a escolha entre os filmes que assisti na infância e juventude. Só aqueles que me fascinaram. Não necessariamente os melhores. Mas os que marcaram, conquistaram meu coração & mente e me constituíram. Narrativas cinematográficas, personagens, paisagens, atores e trilhas sonoras que forjaram meu imaginário.

1. “Os 300 de Esparta”. Direção de Rudolph Maté. EUA, 1962.


Filme ambientado na Grécia antiga, no período das lutas contra os invasores persas. Os exércitos de diversas cidades-estados gregas se comprometem a deter os persas no desfiladeiro das Termópilas, mas na hora H só os espartanos - com uma tropa de elite de 300 homens - aguentam o rojão. Mesmo sabendo que não terão reforços, que não terão chance de vitória, os espartanos não recuam e optam pela morte heroica. O filme me pegou por aí: a opção pelo sacrifício. A grandeza do sacrifício por uma causa grandiosa. O guri de calças curtas que eu era ficou fascinado. O filme foi a minha porta de entrada para esse importante episódio da Antiguidade e também do tradicional elogio do martírio. Adulto, li e reli o longo capítulo do livro de Heródoto em que essa batalha é abordada e sempre lembrei do filme, da emoção que tive ao assisti-lo. Contei isso diversas vezes para os meus alunos de História Antiga.

2. “O Vigilante Rodoviário”. Direção de Ary Fernandes. Brasil, 1962.


O menino que eu era ia ao cinema todos os finais de semana e não se alimentava apenas de épicos norte-americanos. Devo ter visto mais de uma vez esse filme do inspetor Carlos e seu fiel auxiliar, o cão Lobo. Hoje sei que a fita reunia episódios de um seriado da TV Tupi, mas na época era apenas uma das poucas opções de filme nacional que havia (junto com os de Oscarito e Grande Hotel). O Vigilante Rodoviário ficou na memória como garantia de um prazer semelhante ao das histórias em quadrinhos: a certeza da vitória do mocinho contra qualquer malfeitor – e ainda ajudado pela esperteza de um cachorro muito especial.

 3. “O Rei dos Reis”. Direção de Nicholas Ray. Roteiro de Philip Yordan e Ray Bradbury. EUA, 1961. 168 min.


        Entre os filmes de temática católica que assisti na infância (entre eles, “Marcelino, pão e vinho”) esse soou completamente diferente. Um épico hollywoodiano, certo – mas nem um pouco sentimental como era o padrão dos filmes religiosos. Criança, levei à sério a representação da Palestina no tempo de Cristo apresentada pela produção. Não sei como entendi a questão política apresentada, isto é, a do domínio romano sobre a Palestina e as várias opções para enfrenta-lo: o colaboracionismo do rei Herodes, a luta de libertação nacional liderada por Barrabás, a proposta pacifista de Jesus Cristo. Filme político-religioso, a película claramente leva a plateia a simpatizar com a doutrina de Cristo e o seu exemplo. É ele quem tem a melhor proposta e atitude para se contrapor a crueldade da dominação do Império Romano e também de transformar o mundo para melhor. O menino que eu era (que não perdia a missa aos domingos) de alguma maneira percebeu isso: o poder da mensagem cristã para o estabelecimento de um marco civilizatório. Mas não compreendeu, claro, que esse marco civilizatório implicava no reconhecimento do domínio do Império Norte-Americano. Decifrar os truques do cinema seria exigir demais de um menino que ainda não terminara o Curso Primário.

4. “Rastros de ódio”. Direção de John Ford. Com John Wayne e Natalie Wood. EUA, 1956. 120 min.


Assisti a esse faroeste quando criança, junto com tantos outros de John Ford, como “No tempo das diligências”, “Forte Apache” e “Rio Bravo”. Eu era parceiro de cinema de meu pai e ele adorava western, especialmente aqueles com John Wayne. Ele deve ter assistido a maioria dos filmes que esse ator encenou e não deixava de revê-los quando eram reprisados – e geralmente me levava junto. “Rastros de ódio” me caiu como um filme estranho – talvez devido ao aspecto sombrio do personagem interpretado por John Wayne – e só percebi a sua grandeza quando era estudante universitário, num memorável ciclo de faroeste no auditório da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre. Memorável porque nesse ciclo de cinema vi filmes de John Ford que havia assistido quando criança, gostado, e jamais imaginado que fossem tão prestigiados pela crítica. Em “Rastros de ódio”, uma dupla de cowboys procura durante anos umas meninas raptadas por índios. Ao final, descobrem que apenas uma sobrevive e um deles (o sombrio cowboy interpretado por John Wayne) deseja matá-la, pois não admite um familiar aculturado pelos indígenas. A cena em que o cowboy é conquistado pela mocinha e ele enfim decide salva-la é impactante (fotografia acima) e talvez indique um emblemático e esperançoso episódio de superação do ódio racial. Provavelmente o maior de todos os faroestes. O embate do homem de fronteira (o cowboy) com seus sentimentos de repulsa e ódio diante do que lhe estranho (o mundo indígena, a cultura e a presença dos nativos que vivem no território que os brancos lutam para ocupar e dominar). Seguramente uma grande reflexão sobre o expansionismo norte-americano tanto no Velho Oeste quanto no mundo após a Segunda Guerra Mundial. Aos olhos de um espectador latino-americano, o drama contundente das figuras que protagonizam o imperialismo ianque – figuras que são, ao final, conquistadas por uma proposta humanista, o convívio com o diferente. Para o estudante de esquerda que me tornei nos anos 70, uma película imperialista genial. Filme impecável - desses que vou continuar revendo.

5. “El Cid”. Direção de Anthony Mann. Com Charlton Heston e Sophia Loren. EUA/Itália, 1961. 182 min. 


Assisti no Cine Pelotense e saí em estado de êxtase. Talvez eu tivesse 10 anos de idade. Vivi, naquela tarde, uma das maiores emoções que o cinema me proporcionou. Fiquei fascinado com a bravura do herói e impactado com a utilização da figura do guerreiro cristão morto, encaixado em cima do cavalo, empolgando seus soldados na batalha decisiva contra os mouros, para garantir a conquista da cidade de Valência. Mas estranhei o fato do herói ter matado o pai da mocinha, sua amada, e ela ainda assim ter ficado com ele. Devo ter cravado o meu pai de perguntas a respeito do filme. Fiz o álbum de figurinhas que foi lançado na época e o guardei por vários anos. Mas terminei perdendo-o. O épico dos épicos. Recordo de um colega de aula, no Curso de História, afirmando que o filme foi a maior criação mítica do cinema norte-americano. Um símbolo da luta contra os adversários da Cristandade. Anos mais tarde li o “Poema de Mio Cid”, uma das referências para a construção do roteiro, e fiquei decepcionado. A conquista de Valência está no meio do poema e não ocupa o lugar central que tem na narrativa cinematográfica. Nem a luta com os mouros é o tema central do poema. A criação hollywoodiana é muito melhor. Também tive contato com a peça teatral de Corneille – “El Cid”, 1637 – e entendi que foi dali que os roteiristas se inspiraram para criar o conflito do herói com o pai da mocinha, Ximena (fotografia acima). Conflito que resultou em duelo, morte do pai de Ximena e banimento do herói para fora de reino de Castela. Descobri, então, que minha cabeça foi feita pelo cinema hollywoodiano. Afinal, durante anos, achei que a filme era a história verdadeira de Rodrigues Dias de Bivar ou coisa assim. Me enganei redondamente. Mas não deixei de gostar do filme e me comover com as lutas do Ocidente Cristão. Em especial, com o romance entre o bravo guerreiro e a delicada e também determinada Ximena. Que mulher – ou melhor, que interpretação brilhante a da atriz Sophia Loren.