Domingo retrasado, acordei da sesta e não me senti bem. Um mal estar vago, corpo quente e garganta irritada. Tirei a temperatura, constatei 38 graus e disparou o alerta. Conversei com minha companheira e fomos ao hospital fazer uma consulta de emergência.
Não deu outra: o médico achou que eu estava com
sintomas de covid e me receitou analgésico e remédio para a garganta. Acrescentou
medicamentos para coriza e tosse, que ele disse que surgiriam nos próximos dias.
Me deu requisição para exame na quarta-feira (72 horas depois dos primeiros
sintomas) e, até lá, recomendou isolamento total.
Antes que eu fizesse o exame e saísse o resultado, o mal
estar no corpo passara, a febre desaparecera e a garganta se normalizara. Com o
resultado nas mãos, a prova: apenas um susto. O vírus não foi detectado.
Não cheguei a me preocupar (nem perdi o sono), mas
teria sido diferente se tivesse vivido isso antes da vacina (da primeira,
segunda e terceira doses). Antes dessa mudança no enfoque da doença (certamente
como resultado da CPI da Covid, no Senado Federal) e o abandono das alardeadas hidroxocloroquina,
azitromicina e outras medicações propagandeadas pelo “doutor Bolsonaro”. (Sim,
juro que ouvi um bolsonarista se referir ao capitão reformado como “doutor”.)
Foram tempos duros os que vivemos no país – de forte negacionismo
em relação a peste, desconfiança em relação às vacinas e com autoridades
médicas endossando o gerenciamento equivocado da doença feito pelo Governo Federal,
incluindo nisso um tratamento (o famoso “kit covid”) sem o devido embasamento
científico. Tempos em que muitos médicos da minha pacata Santa Maria (mais de
200 profissionais) assinaram manifesto a favor do tratamento precoce e deixaram
muitos de nós, leigos, temerosos. Muitos desses médicos, por sinal, atuando no
hospital onde fui consultar...
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